Incontinência urinária

1. O que é?

Vontade imperativa de urinar, mesmo quando a bexiga não está completamente cheia. Esse tipo de problema acontece quando o paciente não consegue controlar a vontade de urinar. A perda de qualidade de vida e os constrangimentos com a doença são evitáveis com a visita a um especialista.

2. Os números

O problema é muito mais comum do que se pensa. 6 milhões de pessoas no Brasil sofrem de incontinência urinária.

3. Funcionamento do sistema de controle urinário

1 - Rins;2 - Esfíncteres;3 - Ureteres;4 - Bexiga;5 - Uretra.
sistema
  • 1º passo

    Sempre que comemos ou bebemos algo, o corpo absorve líquidos;

  • 2º passo

    Os rins filtram as impurezas, separando-as dos fluídos corpóreos, e absorvem as substâncias necessárias para o organismo;

  • 3º passo

    O produto resultante desse processo é a urina, que é enviada através do ureter até a bexiga, onde é armazenada;

  • 4º passo

    Quando a bexiga está cheia, terminações nervosas no local enviam sinais ao cérebro. É ai que vem a vontade de urinar;

  • 5º passo

    Ao mesmo tempo, os esfíncteres musculares que envolvem a uretra relaxam e deixam passar a urina.

4. Sintomas

  • Urinar com uma freqüência aumentada, mais de oito vezes durante todo o dia. Nesse caso, o indivíduo precisa avaliar se a quantidade de vezes que vai ao banheiro é realmente maior que a média de alguns anos atrás;
  • Necessidade forte de ir ao banheiro;
  • Necessidade de levantar à noite para urinar (duas ou mais vezes por noite);
  • Perda involuntária de urina (em pouca ou muita quantidade).

5. Problemas de controle da bexiga

Bexiga hiperativa

Um dos problemas de saúde mais comuns, que afeta homens e mulheres de todas as idades. Consiste em contrações descontroladas do músculo detrusor, responsável pelo esvaziamento da bexiga, durante o enchimento daquele órgão com urina.

A bexiga hiperativa mostrou ter um impacto mais negativo na qualidade de vida do que o diabetes.

Em pessoas com hiperatividade da bexiga, as contrações prematuras e involuntárias do músculo detrusor resultam numa freqüência maior de micções, um forte e súbito desejo de urinar (urgência) e urge-incontinência (quando não dá para segurar, o indivíduo faz xixi nas calças).

Na maioria dos casos, as causas do problema são desconhecidas. Entretanto, alguns fatores de risco incluem moléstia ou danos neurológicos, obstrução uretral e cirurgias pélvicas em mulheres.

Bexiga normal:

bexiga 1

1 - Na bexiga normal, o músculo detrusor se contrai quando a bexiga está cheia;

2 - E os Esfíncteres contraídos impedem a passagem da urina.

 

Bexiga hiperativa:

bexiga 2

1 - Na bexiga hiperativa, o músculo detrusor se torna ativo demais, contraindo antes da bexiga encher;

2 - E os Esfíncteres podem não impedir a passagem da urina.

Incontinência de estresse

Acontece incontinência urinária porque os Esfíncteres estão flácidos.

É a perda involuntária de pequena quantidade de urina quando, por exemplo, a pessoa tosse, espirra, ri, gargalha, se exercita ou levanta objetos pesados. Quando a musculatura que envolve a uretra se torna flácida, até um mínimo de esforço pode causar vazamento.

esf.flacidos

Incontinência devido a infecção urinária

Acontece incontinência urinária porque há uma infecção bacteriana na bexiga.

Quem está com incontinência por infecção costuma sentir um ardor ao urinar e, muitas vezes, elimina pouco líquido ao ir ao banheiro. A infecção é causada por um crescimento das bactérias na bexiga (em amarelo na figura abaixo).

infec.bacterias

6. Tratamento da incontinência urinária

Para tratar com sucesso um paciente com incontinência urinária, é essencial diferenciar todos os problemas de controle da bexiga. É possível controlar a grande maioria dos casos. Pacientes com bexiga hiperativa e outros problemas de controle apresentam sintomas semelhantes, mas respondem a tratamentos diferentes. Os medicamentos suprimem as contrações do músculo detrusor.

Detrusitol. Um novo medicamento, à base de tartarato de tolterodina, chamado detrusitol, foi aprovado em julho do ano passado pela Secretaria Nacional de Vigilância Sanitária. É o primeiro medicamento que chega ao país voltado para tratamento específico da bexiga hiperativa. Tem grande eficiência e poucos efeitos colaterais.

Fonte de texto e imagens: Correio Braziliense
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