Ereção

1. Principais partes do pênis adulto

anatomia geral do pênis

Esta ilustração representa um pênis normal médio intacto do ser humano adulto. A cabeça do pênis (glande) tem um envoltório chamado prepúcio. O prepúcio têm uma parte que é externa e outra parte que é interna, logo o prepúcio dobra-se na superfície do pênis, dando forma de uma camada dupla.

O prepúcio têm uma abertura na extremidade do pênis o que lhe permite ser arregaçado para trás.

O prepúcio não é uma estrutura inútil ou uma porção redundante de pele. Há alguma variação natural no comprimento do prepúcio, ele cobre freqüentemente um bocado maior ou menor da glande do que a mostrada na ilustração.

A camada exterior do prepúcio é uma continuação da pele da haste do pênis. A camada interna do prepúcio não é corretamente "pele", mas um tecido de mucosa de um tipo original não encontrado em nenhuma outra parte do corpo.

A faixa frenar é o local de encontro entre as camadas exteriores e internas do prepúcio.

Quando o pênis não está ereto, aperta para estreitar a abertura do prepúcio. Durante a ereção, a faixa frenar tende a ir em direção às haste do pênis deixando à mostra o freio. Com o pênis todo ereto a faixa frenar torna-se revestimento da haste do pênis.

A glande na ereção fica extremamente sensível, avolumada e avermelhada, com um aspecto liso, brilhante e úmido.

O freio é uma membrana conectando o lado de baixo da glande à haste do pênis.

figura anatomia do pênis
 

2. As três zonas de pele do pênis

Estas cinco fotografias a seguir mostram as três zonas de pele existentes em um pênis normal do homem adulto (não-circuncidado, intacto):

zona 1   zona 2   zona 3   zona 4   zona 5
  • 1ª. zona: a pele que cobre a haste do pênis (a área acima da linha azul superior);

  • 2ª. zona: a dobra da parte externa do prepúcio (a área entre as linhas azul e verde);

  • 3ª. zona: a dobra da parte interna do prepúcio (a área abaixo da linha verde), visível somente quando o prepúcio for consideravelmente retraído.
  zona 1

1. Pênis ligeiramente intumescido. A área entre a linha azul superior e a linha verde mais baixa é a dobra da parte externa do prepúcio. A dobra da parte externa do prepúcio é quase toda a pele que cobre a haste. A dobra do interior do prepúcio, igual no comprimento a dobra da parte externa, não é visível. Quase toda a pele que permite movimento no pênis é prepúcio.

 
  zona 2

2. O prepúcio retraiu (manualmente) aproximadamente uns 2 centímetros. A área entre a linha azul superior e a linha verde mais baixa é a dobra exterior retraída do prepúcio na maior parte. A área abaixo da linha verde mais baixa são os primeiros 2 centímetros da dobra interna parcialmente retraída do prepúcio.

 
  zona 3

3. O prepúcio retraiu. A área entre a linha azul superior e a linha verde mais baixa é a dobra exterior retraída do prepúcio. A área abaixo da linha verde mais baixa é a dobra interna retraída do prepúcio, recolhida atrás do sulco da glande.

 
  zona 4

4. O prepúcio retraiu a uma distância maior. A haste do pênis quase que e inteiramente coberta com o prepúcio. A área entre a linha azul superior e a linha verde mais baixa é a dobra exterior retraída do prepúcio. A área entre a linha verde mais baixa e a glande é a dobra interna retraída do prepúcio. Se a pele fosse liberada, retornaria a sua posição mostrada no item 3.

 
  zona 5

5. O prepúcio bem esticado tanto quanto vai confortavelmente. A área entre a linha verde mais baixa (a única linha agora visível) e a glande é a dobra interna inteiramente retraída do prepúcio. A haste do pênis é; quase que completamente recoberta agora pelo prepúcio, tanto com a dobra interna quanto pela dobra externa do prepúcio. Veias, artérias, capilares e a textura lisa da glande ficam claramente visíveis.

 

Texto original em inglês em Bakehorn's Feelings on Circumcision

 

3. O processo da ereção

Quando retraído inteiramente, o prepúcio é destinado a cobrir a haste do pênis quase que  inteira, com um deslizamento razoavelmente frouxo pela haste.

A faixa enrugada situada na extremidade da glande, que quando o pênis está flácida tem um aspecto deselegante,  tem muita importância pois vai cobrir parte da haste do pênis na ereção.

Nota: Em alguns casos, um homem pode ter a dificuldade de retrair o prepúcio. Esta não é uma indicação para a circuncisão, porque há bons tratamentos alternativos disponíveis que preservam a estrutura e a função do prepúcio.

Início da ereção

início ereção

Continuação da ereção

continuação  ereção

Ereção completa

ereção completa
 

4. A ereção em um pênis adulto circuncidado

Depois da circuncisão, o prepúcio foi cortado e eliminado. Sem a capa protetora do prepúcio e com a exposição, a superfície da glande desenvolve uma camada de queratina, a glande torna-se grossa, sem flexibilidade, resistente, seca e portanto menos sensível a estimulação no momento da masturbação ou do "fazer amor".

Todos os homens circuncisados têm uma cicatriz anular no eixo do pênis. A posição da cicatriz varia, perto da cabeça ou um pouco mais distante na haste do pênis.

Para alguns homens, quando muita pele foi removida, a ereção se mostra dolorosa e difícil. Esta é uma das queixas mais comuns sobre a ereção, relatadas por homens circuncisados.

A segunda maior queixa relativa a ereção em homens circuncidados é a sensação de que o pênis está "enterrado", isto explica-se pela incapacidade do pênis de alongar-se, pois para isso precisaria de que o prepúcio se desdobra-se ao longo da haste do pênis, o que evidentemente não ocorre.

Pênis circuncidado em estado flácido

pênis circunc. flácido

Pênis circuncidado ereto

pênis circunc. ereto
 

5. Efeitos da cirurgia de redução de pênis (circuncisão) sobre o intercurso sexual

Embora ainda fonte de prazer para o homem, o intercurso (penetração) sem a participação do prepúcio se ressente da falta do mecanismo de deslizamento. A única fonte de estimulação é a fricção da glande de encontro à parede do orifício do parceiro (boca e ânus) ou dos orifícios da parceiro (boca, vagina e ânus).

Faltam os receptores especializados de estímulos da faixa frenar, do freio e da camada interna do prepúcio.

Uma vez que o prepúcio inexiste a estimulação erótica se faz pela abrasão, não é bem isso o desejado pela natureza. A natureza criou o prepúcio como o melhor arranjo mecânico para a estimulação não abrasiva do pênis, fazendo a bainha do prepúcio indicada para entrar dentro de outra bainha (a boca, o ânus, a vagina).

O intercurso doloroso ("dispareunia") e com desconforto se origina no atrito da pele imóvel e endurecida do pênis circuncisado com a bainha do parceiro.

O homem circuncisado ainda agrava a perda de estimulação erótica do pênis ao usar a camisinha, já que a camisinha se torna um obstáculo para a abrasão. Com isso o tempo de penetração deve ser prolongado, havendo necessidade de mais arremetidas até que se chegue no momento de sensibilidade genital.

Dentre estes dois fatores (falta de receptores e uso de camisinha), para que não haja tanta perda de estimulação erótica, a única opção é deixar a camisinha de lado. Assim, chegamos ao quadro de que entre os homens circuncidados que não praticam o "sexo seguro", vem aumentando a taxa de incidência de doenças venéreas, incluindo a AIDS.

Se a cirurgia de retirada do prepúcio for executada em um recém-nascido ou em uma criança, quando esta chegar à idade adulta, terá se formado no pênis uma camada relativamente grossa de queratina na superfície mucosa da glande, portanto com uma perda de estimulação muito maior do que se a circuncisão fosse feita quanto na idade adulta.

Texto original em inglês em Anatomy of the Penis, Mechanics of Intercourse

 

6. Estimulação do pênis

Os componentes mais importantes da estimulação erógena física do pênis durante as preliminares e o intercurso são os receptores de estímulos do prepúcio, da faixa frenar (região do freio) e da glande.

Cada uma destas estruturas tem uma interpretação sensorial própria, e enviam uma variedade de estímulos prazerosos ao cérebro. Cada uma destas estruturas (prepúcio, freio e glande) contribuem em sua própria maneira para com a experiência total, propiciando o início e a continuidade da ereção.

Deve-se enfatizar que o excitamento emocional é um componente extremamente importante da apreciação sexual, ele não é localizado na área genital mas expandido por todo o ser. Este excitamento emocional que vulgarmente chamamos por "tesão" intensifica a percepção, a existência do pênis, e maximiza as sensações físicas emanadas do pênis, contribuindo assim para a manutenção da ereção.

O prepúcio tem uma camada interna e externa. A camada exterior do prepúcio contém terminações nervosas que respondem ao toque delicado durante os estágios adiantados da fase excitamento sexual. Isto ajuda a provocar uma ereção. Os nervos na parte externa e interna do prepúcio contribuem em toda a experiência de estimulação do pênis em ereção, até a hora da chegada do orgasmo.

Estes receptores estão sendo estimulados não apenas por toques delicados das preliminares sexuais, mas mais ainda na fase em que o prepúcio rola por sobre a cabeça, expondo-a, e com o alongamento do pênis estica-se por sobre a superfície da haste do pênis. Durante a penetração ou na masturbação.

O prepúcio contém receptores sensoriais chamados por Corpúsculos de Meissner. Não se acredita que estes nervos, similares aos existentes nas pontas dos dedos, estão lá apenas para fornecer prazer, mais que isso podem servir para ajudar ao homem a apreciar mais por muito tempo o sexo sem ejacular prematuramente, porque emitem sinais de quando está se aproximando o ponto inicial do orgasmo.

A estimulação do freio e da faixa frenar resulta em sentimentos de intenso prazer para o pênis em ereção. As sensações originadas no freio e na faixa frenar, geradas na masturbação ou na penetração, são o pavio do estopim disparador do orgasmo.

A faixa enrugada do prepúcio na ponta da cabeça do pênis contém umas vinte dobras concêntricas que se acomodam uma nas outras. Cada cume de dobra contém corpúsculos de Meissner's, que respondem à pressão, e produzem o prazer sexual.

Não se pode dizer que a estimulação da glande é mais significativa nos estágios posteriores da penetração, quando a penetração é mais profunda e as emoções estão funcionando no seu grau mais elevado. As sensações da glande contribuem para a qualidade da experiência sensual. A estimulação da glande é também aparentemente capaz de provocar o orgasmo por si mesmo, como no caso do homem circuncisado.

 

7. Casos da vida real

Quando vamos tentar ter uma transa, meu namorado reclama de muita dor, mesmo antes de começar a penetração anal. Ele já teve uma transa com o namorado anterior, mas foi só uma vez e ele não quer mais porque doeu muito. Como faço para transar com ele?

Não é porque ele já fez sexo anal com o outro namorado que ele já está preparado para ter uma vida sexual ativa. Muitas vezes, a gente se precipita e acaba fazendo as coisas antes da hora. Provavelmente foi isso que aconteceu com seu namorado.

Tem caras que se sentem preparados para transar mais cedo, mas outros só vão estar com a cabeça "pronta" para isso mais tarde. Não exitem regras, pode acontecer de estar preparado aos aos 14 ou aos 22!

O importante nesse momento é entender o que esta dor está sinalizando. Vocês já conversaram a sério sobre a questão? Pergunte a ele se já está se sentindo pronto para começar a transar. Pode ser que nesse momento ele ainda prefira ficar só nas brincadeiras, nas carícias.

O que não dá é para avançar o sinal, forçar a barra numa hora que não é a certa para isso.

Dor para a penetração anal é sinal de falta de relaxamento da musculatura do ânus e pouca lubrificação.

Na enorme maioria das vezes isso se deve à tensão, ansiedade, medo. Para que a transa seja legal e sem dor é preciso que o seu namorado esteja relaxado, excitado, sentindo-se à vontade na cama com você.

Às vezes demora, mas você indo com jeito e calma ele vai querer que a coisa aconteça e com certeza ele vai transar sem medo e querer repetir muitas vezes.


Meu namorado não tem lubrificação e sempre temos que usar um lubrificante à base de água. É normal um homem de 27 anos não ter lubrificação?

Vamos esclarecer essa história! Em primeiro lugar, o pênis do homem não fica lubrificado da mesma forma que a vagina da mulher.

Algumas glândulas do pênis, chamadas de para-uretrais, produzem pequenas quantidades de um líquido incolor e viscoso, que dá uma ajuda bastante modesta na facilitação da penetração. Em alguns homens, esse líquido é produzido em quantidades um pouco maiores, mesmo antes da transa. Em outros, ele não é praticamente liberado.

Essa liberação de líquidos depende do grau de excitação do seu namorado. Ou seja, se as preliminares foram legais, ele está bem relaxado e excitado, o pênis dele está bem ereto, então as glândulas devem ter lubrificado o suficiente para uma penetração sem dor ou sem desconforto.

Quando a lubrificação não vem naturalmente, podem ser usados os lubrificantes artificiais à base de água. Só esse tipo de lubrificante não interfere com o material da camisinha. Aqueles produzidos à base de óleo, como a vaselina, fazem com que o látex da camisinha se rompa com maior facilidade. Agora, a maioria das camisinhas já vem com lubrificantes, geralmente suficiente para a penetração anal. Se for necessário, pode se colocar mais.

Só mais uma coisa. Essa sua dúvida faz a gente supor que vocês estão transando sem camisinha, certo? Vale sempre a pena lembrar que a camisinha é sua única proteção contra várias doenças e infecções, como, por exemplo, a Aids, a hepatite e o HPV. Usar camisinha sempre, mesmo se você confia demais na pessoa, é uma questão de saúde e cuidado! Além do mais, ela não atrapalha quase nada na hora da penetração, não é?


Depois de uma transa anal, de vez em quando acontece de meu namorado soltar "peidos". Isso é normal? Por que isso ocorre?

O ânus é uma cavidade e portanto pode juntar ar dentro dele. Este ar é bombeado pelo pênis ereto em cada arremetida, e a quantidade de ar que entra é maior se o ânus já não estiver mais com a sua elasticidade original, e sua capacidade de contração (fechamento) ficar comprometida.

Quando esse ar é eliminado pode fazer barulho, o que é normal, agora se isso é uma coisa contínua, exagerada e está incomodando, seria recomendado que o seu namorado procure um profissional de saúde (proctologista) para fazer um exame e esclarecer estas dúvidas.


Qual o tempo médio da relação sexual após a penetração? Costumo demorar uns 5 minutos com meu namorado, mas acho pouco...

Não existe tempo ideal para uma relação sexual, e isso inclui a penetração anal. Os parceiros é que determinam o seu tempo. Muita gente gosta de ficar horas nas preliminares, se beijando e acariciando, e pouco tempo tendo penetração propriamente dita. Outros, já não dão muita bola para as preliminares e curtem ficar um tempão na penetração, às vezes até mais de uma hora!

O mais comum é que a penetração anal dure entre 5 e 15 minutos, mas não há regras... O que importa nessa história toda é que você e seu namorado descubram qual o tempo ideal para vocês, que permita que os dois tenham prazer e curtam a transa.


Quando transo com meu parceiro só consigo ter ereção uma vez. Já ouvi vários amigos homens falando que tem 3 ou 4 penetrações na mesma transa. O que faço para conseguir isso também?

Nem todo homem é igual, e isso também se aplica ao sexo e às ereções. Tem gente que consegue ter 2, 3 até 4 ereções numa mesma transa, mas isso não é o mais comum. A grande maioria dos homens tem apenas uma ereção durante a transa e, depois de gozar, precisa esperar um tempo se quiser "repetir a dose".

Isso acontece por causa do "período refratário"- logo depois de gozar os homens têm dificuldade para se excitar por algum tempo. Isso é normal e não há com o que se preocupar. Se você esperar algum tempo (15-20 minutos) as coisas se regularizam e você pode ter uma nova ereção.


Meus amigos me disseram que o ânus não é elástico e que depois que se faz sexo anal, o ânus não volta ao normal. É verdade?

Os seus amigos estão exagerando. O sexo anal, se for feito com todos os cuidados, não causa nenhum problema para o corpo e pode ser bastante prazeroso.

O ânus não tem lubrificação própria e é necessário o uso de lubrificantes artificiais para evitar ferimentos. Também tem que ter muita calma com o relaxamento da musculatura da região. Os esfíncteres anais (como é conhecida essa musculatura) demoram um pouco até relaxar o suficiente para permitir a penetração.

Forçar a barra nessa hora pode causar muito dor e até mesmo lesões na região. E não se esqueça que sexo anal tem que ser feito sempre de camisinha, evitando-se o risco das DSTs como a Aids e a hepatite B.

Jairo Bouer. ( Caliente )

 

ir para o topo da página