AIDS

Significado no nome

É um anagrama de palavras da língua inglesa: Acquired Imuno Deficiency Syndrome. Em português significa Síndrome de Imunodeficiência Adquirida.

Síndrome: um conjunto de sinais e sintomas que podem indicar a presença de uma doença.
Imuno: refere-se a imunidade que é a capacidade do organismo em reconhecer e, se necessário, destruir ou eliminar células, microorganismos e tecidos estranhos que entram no corpo do indivíduo, ameaçando assim a sua integridade.
Deficiência: significa que a capacidade de produzir a resposta imunológica está debilitada.
Adquirida: quer dizer que o indivíduo contraiu esta síndrome no decurso da vida e não nasceu com ela.


Forma de Contágio

A transmissão se dá através de relações sexuais na ordem de 80% dos casos. Também há transmissão do vírus através de sangue e derivados e da mãe infectada para o filho durante a gestação. O leite materno de uma mulher HIV positiv é também infectante.

A transmissão nas relações sexuais é bidirecional, qualquer um dos parceiros pode contaminar o outro. Qualquer modalidade de sexo (vaginal, anal, oral) é transmissora, aumentando esse risco na presença de úlceras genitais e outras DSTs. Há grande probabilidade de contágio durante o período menstrual e ainda quando o estado de imunodeficiência do transmissor está avançado.

No início da epidemia, sangue e hemoderivados eram responsáveis por significativa parcela da transmissão do HIV. A partir de 1985 houve o desenvolvimento dos testes para triagem em banco de sangue e a parcela de contaminação a partir de sangue e seus derivados diminui progressivamente.

Por outro lado, a transmissão sangüínea através de seringas compartilhadas por usuários de drogas venosas continua aumentando, como também a contaminação da mãe para o feto durante a gestação, no momento do parto e no período de aleitamento, devido ao aumento importante do número de mulheres contaminadas.

É importante salientar que nem sempre é possível identificar se uma pessoa está ou não contaminada e se é transmissora. Pode existir a condição de portador assintomático do vírus.


Agente etiológico (causador)

Vírus da Imunodeficiência Humana (HIV). É um vírus da família dos retrovírus (RNA) que infecta principalmente células que apresentam a molécula "CD4" em sua superfície, predominantemente linfócitos "T4" ou auxiliares (glóbulos brancos do sangue) e macrófagos.

O CD4 age como receptor para o vírus, mediando a invasão celular pois o HIV não tem a capacidade por si só de crescer e se reproduzir, para isso o vírus HIV necessita de células do organismo para que faça esta função para ele.

Ocorre assim, a diminuição progressiva da imunidade celular, ficando o organismo propenso a desenvolver infecções provocadas por bactérias, fungos, protozoários e mesmo outros vírus. Estes agentes biológicos invasores são as "infecções oportunitas", são eles que vão levar o indivíduo imunodeficiente a um quadro grave de saúde a até a morte.O período compreendido entre o momento da infecção e o surgimento dos primeiros sinais e sintomas indicadores de AIDS varia de 5 a 10 anos.


Principais sinais e sintomas que levantam a suspeita da AIDS

  • Cansaço persistentes não relacionado com esforço físico;
  • Perda de peso involuntária (acima de 10% do peso corporal);
  • Febre persistente, podendo ser acompanhada por calafrios e suores noturnos;
  • Diarréia crônica;
  • Gânglios aumentados (ínguas) em várias partes do corpo;
  • Tosse seca;
  • Candidíase oral ("sapinho");
  • Herpes zoster;
  • Leucoplasia oral pilosa;
  • Sarcoma de Kaposi.
O aparecimento de um ou mais destes sintomas não indica necessariamente que a pessoa esteja com AIDS. Portanto estes sinais e sintomas podem estar presentes em várias outras doenças, devendo estas serem afastadas antes de se falar em suspeita de AIDS.

Somente o médico deve fazer o diagnóstico levando em conta a história clínica, os sinais e sintomas e os exames complementares hoje existentes.

Os testes sorológicos baseiam-se na observação de que a maioria das pessoas infectadas desenvolverá anticorpos anti-HIV, a partir de duas semanas e na grande maioria dos casos, até 3 meses após a exposição ao vírus.

Um exame positivo indica que o indivíduo entrou em contato com o vírus HIV, está infectado, mas não significa que terá necessariamente de desenvolver a doença.

Fazer o teste HIV por mera curiosidade, sem orientação médica ou de serviçoes especializados, como o COAS da rede pública de saúde, poderá trazer conseqüências psico-sociais desastrosas, já que existe a possibilidade de ocorrências de resultados falto positivos e falto negativos, que não serão bem avaliados pelo indivíduo.


Perspectivas de cura

Embora nenhuma terapêutica seja curativa e sem perspectivfa ainda de vacinas, sabidamente houve aumento considerável do tempo e da qualidade de vida, após o início do uso de medicamentos antiretrovirais e inibidores de proteases, associado à profilaxia de infecções oportunistas.